segunda-feira, 26 de abril de 2010

Tv or not Tv

Sábado a noite na Tv, ligo para ver a novela (confesso amar a novela das nove) e daí... Daí o que? Daí e daí: O Teatro Mágico na novela da Globo (muitos gritos dentro de casa – às vezes tenho pena de meus vizinhos)...

“O palhaço pena quando cai o pano.
E o pano cai.
Meu museu em obras, obras em leilão.
Atalhos, retalhos, sobras.
A matemática da arte em papel de pão...”


Um pouco de estudo, aquele cochilo para renovar, aquela fome e ligo novamente a Tv: RAIMUNDOS!!! (gritos novamente) tudo bem que a banda mudou, tudo bem que o cara que tava cantando com eles eu nem sei quem é (olhei muito para a Tv tentando descobrir quem era o barbudo, mas minha memória “não saca esse cara não”) mas “Mulher de fases” é memória de um tempo muito doido e bom de minha vida, 1999, o mundo ia acabar no ano seguinte, tinha que aproveitar tudo possível e impossível.
Só no Forevis!!!



segunda-feira, 12 de abril de 2010

Lambada

Domingo a noite, sentada no sofá e zapeando pela TV, me deparei com os anos 80 novamente. Beto Barbosa com Adocica e Preta.
Nossa, dei um grito na frente da TV, muito engraçado!!!
Daí em diante a memória enlouqueceu, lembrei do “Chorando se foi”, Kaoma e o menino com uma calça de capoeira que tirava uma menina loira para dançar (vou colocar esse clipe aqui!), Lambada francesa e o filme, Lambada – O Ritmo Proibido.

sábado, 3 de abril de 2010

Gratidão

"Um guerreiro da luz nunca esquece a gratidão.
Durante a luta, foi ajudado pelos anjos; as forças celestiais colocaram cada coisa em seu lugar, e permitiram que ele pudesse dar o melhor de si. Por isso, quando o sol se põe, ajoelha-se e agradece o Manto Protetor a sua volta.
Os companheiros comentam: “como tem sorte”. Mas ele entende que “sorte” é saber olhar para os lados e ver onde estão seus amigos: porque foi através do que eles diziam que os anjos conseguiram se fazer ouvir."

E assim passei na prova para a Liga de Cardiologia. Por isso esse post é para o meu amigo Murilo que me fez ir fazer a prova. Muito obrigada!!!

PS: Eu li esse texto no livro O Zahir de Paulo Coelho, mas suspeito que seja de outro livro dele, O Manual do Guerreiro da Luz.

Coisas que Aprendi

Em minha vida sempre tive grandes influências, não precisei sair de casa para encontrá-las, tenho um pai e uma mãe que são os exemplos de quem almejo ser como humana e profissional. Mas além deles (que sabem disso) tenho também um irmão, Rodrigo, 9 anos na minha frente, que provavelmente não sabe, mas durante anos foi a referência que tinha e seguia.

Meu irmão me ensinou a gostar de Cavaleiros do Zodíaco, quando ainda me entretinha com os seriados da Rede Manchete (adorava a Patrine). A recortar a Menina da tampa da margarina Claybom (e eu achava aquilo muito especial). A amar minha irmã, porque ele a amava e eu achava isso lindo. Tentei aprender a andar de skate porque ele andava e era bom nisso, mas logo descobri que não tinha talento.

Isso nos anos em que ainda morava em Barra da Estiva e ele vinha nos visitar. Algum tempo depois nos mudamos para Ipiaú onde a convivência me ensinou mais algumas novidades.

Comecei a ouvir Legião Urbana e Engenheiros do Hawaii porque ele ouvia e tinha uns discos de vinil – As Quatro Estações, Dois, O Papa é Pop – em seu quarto. Me abrindo para um outro mundo da música, diferente da MPB ensinada pelos meus pais.

Aprendi com meu irmão que não sou boa mentirosa, quando pediu segredo sobre uma voltinha de carro escondido de minha mãe (não agüentei aquele dilema moral de trair meu irmão ou omitir algo – que na época eu julgava gravíssimo – para minha mãe, nem 15 minutos).
Tentei aprender a tocar gaita (porque ele tocava), mas novamente – Desastre – tenho uma gaita até hoje e juro para mim que um dia ainda aprendo.

Me ensinou que é preciso ter coragem para um dia sair de casa ir para uma cidade estranha, sem gente conhecida para fazer uma faculdade. Admirava o fato da diretora da escola dizer para todos que sabia que meu irmão passaria na Estadual para Direito – porque a prova tinha questões abertas e ele era muito bom para argumentar. Eu dizia para todos os meus colegas que meu irmão fazia direito na UESC.

Seguindo para Conquista, eu crescia, as coisas mudavam e lá estava ele, presente em minha vida, me ensinando (mesmo sem saber).
Aprendi a escrever com letra de forma (porque ele fazia e eu achava o máximo). A gostar e enfeitar meu nome (porque ele escrevia o seu com orgulho – e que se dane quem acha que ter orgulho de algo é ruim!).
Ele me ensinou que para aprender é preciso Ler, Ouvir e Escrever (dessa forma me fez gostar de geografia, quando estudou comigo em voz alta.)

Anos se passaram, idas e vindas foram se formando em nossa história, mas ele continuou me ensinando. Me falou uma vez que dor de amor passa (e passa mesmo), que seria difícil, ia doer, mas passava (e aqui estou!).

E hoje, fazendo um balanço de tudo que ele foi e é em minha vida, eu aprendo com ele novamente um novo sentido para a palavra família.