Na cidade de Petrópolis, em meio ao frio e as aulas que duram o dia inteiro, ouço as perolas ditas pelos colegas de classe:
ALUNO 1 – O médico que se formou em 3 meses
Aula de Anatomia, o “little teacher” expressa sua opinião, e interrompe meu devaneio pelos neurônios sensitivos muito loucos que emitem prolongamentos para dois lados diferentes. Estava com o pensamento no meio da “dança do ventre - indiana” realizada pelas sobrecarregadas células.
A opinião do “teacher carro velho” não é digna de nota, mas após expressa-la ouvi um ruído a minha esquerda.
- Eu mesmo sou capaz de diagnosticar uma morte encefálica.
Um tanto incrédula, resolvi conferir o que tinha ouvido. Voltei-me para trás e perguntei:
- Se você estiver em frente a um paciente, hoje, você se senti capaz de dizer com certeza se ele tem ou não uma morte encefálica?
Estiquei bem o pescoço, tentando colocar o ouvido bem perto para me acertar da resposta.
- Sim, me considero capaz de diagnosticar uma morte encefálica.
- Porra, você é o cara! Deixei escapar sem querer.
Voltei-me para frente, pensei novamente no esforço dos neurônios e sonhei com o dia em que serei um Mestre Jedi.
ALUNO 2: A Legista
Estávamos sendo bombardeados por uma infinidade de prefixos. Tentava me desviar do Pare-, da Anes-, da Hiper-, do Hipo-, do Mono-, do Tetra-, mas a Plegia me alcançou. O Ictérico professor despejava sobre nossos ombros as cores e os seus nomes técnicos. Só a pupila e suas variações tomaram cerca de meia hora da fala. Até que um rubor apareceu em sua face, então desafiou a turma:
- Como saber se um paciente esta morto?
Diagnóstico de morte por Valery: Em caso de dúvida se o morto esta morto mesmo, você mete um Beliscão, se reagir Viva, se não Enterre!
Simples assim!