E continuo me surpreendendo com as descobertas. A vida é cheia delas.
Tenho que confessar: Meu pré-conceito me afastou de muita coisa boa durante certo tempo.
Essa onda antiamericanismo. Contra Doutrina Monroe
Essa influência esmagadora dos veículos dominantes que tentam me impor dia após dia seja na televisão, no rádio, na escola, na família ou no meio de amizade. Sinto muitas vezes que deveria ter lido o ”Best seller do momento”, mesmo me interessando pelos clássicos que amontoam a minha estante. Ou deveria apoiar a posição “A” que é a mais correta a ser seguida, mesmo considerando perfeitamente normal a alternativa “D”.
Contra certas intolerâncias acabei me tornando intolerante.
Mas não estou escrevendo para falar do que foi e sim do que está sendo.
O Nome de hoje: Jorge Mautner, que alguns viram, outros não, e eu vejo agora.
“A palavra é fruto da palavra”, dizia Clarice Lispector. E assim é que posso hoje escrever, graças a esse constante recurso da natureza, enunciado por Lavoisier.
OUTROS VIRAM (Gilberto Gil-Jorge Mautner)
"Esta canção é o cerne poético-filosófico deste disco, celebra a grande importância do Brasil e sua cultura para o mundo. Foi composto em Araras na mesma época em que compusemos "Os Pais". Uma canção é irmã da outra. Aqui celebra-se em tom de plenitude e Graça Divina,o país-continente chamado Brasil,aonde " Humanidade vem renascer..." Foi com muita emoção que a compusemos,eu e Gil,sob noites estreladas da serra.na companhia de sua maravilhosa família,e de sua esposa Flora Gil. Ela nos remete para um neo-Ary Barroso,neo-Assis Valente,as citações proféticas de Whalt Withman, Rabindranath Tagore,são impressionantes por sua veemência e veracidade. É a saudação da amálgama, esta amálgama que no dizer de José Bonifácio em l823 nos diferencia de todos os demais paises. Fala no deslumbramento e admiração que esta amálgama produziu em Theodore Roosevelt e que ele identificou com o melting pot e de como a considerou como sendo de máxima urgência a sua adoção pelos USA, esta miscigenação, amálgama, mistura, melting-pot. Gil a interpreta com majestade democrática, com o enaltecimento e a exaltação que vem como carinhos sem fim brotando lá do fundo do coração!"